sábado, 15 de novembro de 2014

Adriana Lee como a Catrina Mexicana

Esta quinta, eu fiz um ensaio com a belíssima modelo Adriana Lee.
Ela encarnou um personagem do folclore mexicano, conhecido como "La Catrina".

A maquiagem artística, ficou por conta do amigo e grande maquiador, Dark.

O loca escolhido para o ensaio, não poderia ter sido melhor, um conjunto de casas abandonadas e queimadas no bairro do Camilópolis em Santo André.

Para quem não conhece a história de La Catrina, vale conhecer.

La Catrina faz parte do folclore mexicano e é uma das maiores representações do Dia de los Muertos. Ela foi criada por artistas mexicanos como uma representação metafórica da alta classe social do México, que existia antes da Revolução Mexicana, lá por 1800 e pedrada. Posteriormente se converteu no símbolo oficial da morte, já que em todo o México se celebra o Dia de los Muertos em 01 e 02 de novembro.

A relação que os mexicanos tem com a morte e consequentemente com a Catrina é fascinte. Essa relação se define por uma série de circunstâncias intimamente vinculadas com a história, cultura, tradição e os costumes de cada região do México. Considerada um hóspede imprescindível em ocasiões importantes, especialmente no Día de los Muertos, o mexicano tira sarro e joga com a morte com certa astúcia, mas com o devido respeito. De acordo com o folclore mexicano "La Catrina" pode se mostrar de muitas formas e leva muitos nomes: la calavera, la dama de velo, la huesuda, la sin dientes, la matadora, etc. Algumas vezes essa senhora se apresenta de forma alegre, com vestidos elaborados, doida para se divertir e seduzir os mortais. Noutras, a encontramos em "puro osso", pronta para nos levar dessa para melhor a qualquer momento, sem ao menos nos avisar.


Segundo essa tradição, a morte e a memória dos mortos dá um sentido e uma identidade a cultura mexicana. Ou seja, La Catrina com sua personalidade travessa, espirituosa, simpática e sensual nos convida a viver plenamente cada momento e através das grandes e pequenas artes encontrar o sentido da vida. E o mais importante ensinamento sobre a dama da morte: a sua dupla identidade nos lembra que a vida é aqui, agora e eternamente.


Foi um pouco desta história que eu tentei traduzir neste ensaio.















 
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